Confiram nossas fotos da Virada Cultural 2018 !!
A Virada Cultural 2018 se reencontrou com o público, afinal não tivemos mais as péssimas ideias do déspota riquinho João Dória, que em 2017 levou a festa para o Autódromo de Interlagos e para o Anhembi, em edição que quase enterrou o ótimo evento que sempre é a Virada.
Dessa vez a, vedete foi mesmo o centro da cidade, que lotou nos cortejos e nos shows mais populares, e que teve no Vale do Anhagabaú um dos destaques, com muitas famílias comparecendo para curtir as atrações que deram ao local uma cara de quermesse de interior.
Em 2018, o evento mostrou que a força da Virada Cultural é mesmo levar as pessoas até o centro da cidade, já que os principais palcos descentralizados, como a Arena Corinthians e Chácara do Jockey, apesar da boa programação e organização, não atraíram um grande público.
A política, como sempre, foi assunto, com artistas de todos os matizes denunciando a fragilidade política do Brasil pós golpe, destacando os gritos de “Lula Livre” que substituiu o “Fora Temer” de 2017, alem do direito à moradia e lembrança do incêndio recente na ocupação que desabou no Largo do Paissandú.
Nesse ano, o blog focou mais em percorrer palcos e atrações, não podendo ir tão à fundo na análise dos shows como normalmente fazemos na Virada.
Seguem nossos destaques da Virada Cultural 2018
- Nação Zumbi na Chácara do Jockey – até que tinha muita gente no show, mas como o espaço é enorme, deu a impressão que estava vazio, uma pena pois os caras fazem um super show. Quem conferiu no domingão a apresentação no Centrão, afirmou que foi pesado e denso como sempre.
- Feminine-HiFino Jockey – as garotas tem a força e o poder, e com direito às melhores pedradas da Virada, conquistaram os presentes com um super setlist, recheado de mensagens positivas, melodias e os graves do soundsystem que sempre fazem a diferença.
- Cortejos no Centro – acho que foram o maior sucesso da edição 2018, conferi um pouco o Tarado Ni Você com Caetano Veloso, que juntou muita gente e foi animadíssimo.
Confesso que apesar do Headquartes do Vi Shows ser no centrão, perdí vários shows para o sono, mas acordei a tempo de conferir os shows da manhã e tarde de domingo.
- No palco Copan, ví cedinho o Mundo Livre S.A., que liderados pelo eterno Fred04, mostraram a força do lado B do Mangue Beat, não deixando ninguém parado e transformando o show em ciranda na parte final da apresentação.
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- No fim da tarde o mesmo palco recebeu o Paralamas do Sucesso, que misturou bem seus hits dos 80´s e 90´s, empolgando os presentes com sucessos que embalaram gerações.
Deu pra ver um bom trecho da insanidade pesada do Krisiun, que juntou toda galera de camisa preta para curtir os super petardos da banda, que foi seguida de João Gordo e seu RDP (Ratos de Porão), que em performance intensa e politizada, deu o recado num icônico grito anti coxinhas de camisa da CBF.
O clima de celebração era nítido no Legião Urbana XXX que tocava no Boulevard São João, mas a banda é só mesmo uma homenagem ao furacão que eram originalmente, pois quem os viu com o Renato Russo, não consegue ficar mais de 5 minutos acompanhando a arrastada apresentação da versão século 21 do grupo.
Saí da Legião e acabei vendo “quase sem querer” um pouco da Fat Family no Anhagabaú, são bem profissionais e estava divertido, deu pra cantar e dançar com a galera, mas voltei para o rock com os Autoramas, que fez um puta show na Praça das Artes na Avenida São João, encerrando minha Virada Cultural 2018.
Pelo visto o evento em 2018 se reencontrou, com destaque para o foco no centro da cidade, e palcos do Sesc e do CCSP que sempre funcionam, pois são na maioria dos casos, mais centrais e acessíveis pelo metrô que na Virada funciona a noite toda.