Radiohead em São Paulo – Como foi o show no Allianz Arena
Todas faces do Radiohead 2018 em São Paulo
O show do Flying Lotus havia terminado e o estádio ficava cada vez mais lotado a ponto de ficar impossível de se mexer, a ansiedade aumentava e fazia cada minuto ser mais angustiante.
Muitos começavam a reclamar da música ambiente que estava tocando e do atraso do início, quando de repente as luzes se apagaram e “Treefingers” começa a rolar, era o sinal de que o show iria começar, o que fez toda aquela platéia angustiada e ansiosa cair nos gritos de felicidade.
[blue_box]As luzes no palco se acenderam e lá estava o Radiohead, preparado para começar o show que todos aguardavam.[/blue_box]
A banda abriu a apresentação com “Daydreaming“, e a platéia cantava junto com Thom Yorke emocionada, todos preparados para uma noite de domingo especial, afinal a banda conta com um repertório absurdo, e nessa noite tocaram sons de seu último disco “A Moon Shaped Pool” até seu segundo disco “The Bends”.
Por alguma razão talvez até didática, resolveram não tocar “Creep”, para a infelicidade de alguns adeptos, mas confesso que pra mim não fez falta, em algumas músicas os arranjos estavam mais animados como na emblemática “Everything in Its Right Place”.
O show teve algumas músicas que não rolaram no Rio de Janeiro, proporcionando ao público de Sampa curtir sonzeiras como “My Iron Lung”, “2+2=5” e “Fake Plastic Trees”, deixando todos sem acreditar no que ouviam.
Conforme o show ia acontecendo, era interessante observar a audiência dividida entre aqueles que preferem a fase “Ok Computer” contra os fãs de “In Rainbows”.
Muitos literalmente surtavam em músicas como “Let Down” e “Exit Music (For a Film)” a ponto de berrarem e chorarem sem parar, já outros tinham mesma reação em músicas como “Weird Fishes/Arpeggi” e “Bodysnatchers”.
Radiohead é aquela típica banda que ao longo de sua jornada já experimentou diversas sonoridades, criando com isso também fãs de algumas fases específicas do combo inglês.
No final do show, o Radiohead já em seu segundo bis, aproveitou que era um domingão e encerrou a noite com “Fake Plastic Trees”, agradecendo a todos e fechando o setlist de forma surpreendente.
A plateia queira mais… e começou um coro com o nome da banda, mas então as luzes se acendem com a produção querendo dizer “galera, show encerrado”, certamente foi um final que na minha visão não teve o clima desejado pela maioria dos adeptos.
Alguns problemas técnicos deixaram o som baixo, em especial para quem estava na pista comum, e mesmo o telão teve mais impacto para quem estava na área VIP.
Pode-se dizer que foi um grande show sim, foram duas horas de uma super experiência, em especial para quem estava mais próximo do palco… Valeu Radiohead !! Voltem sempre !!
Válido dizer que o autor encontrou no final do show um cocô no chão, como aquilo foi parar lá… já é um mistério… talvez um karma da paulicéia, sei lá 🙂