Cabbage mostra todas armas e ideias em Nihilistic Glamour Shots

Alta octanagem com Cabbage

Cabbage é uma banda inglesa radicada em Manchester, que após ótimos EPs e shows super elogiados, finalmente lança seu primeiro álbum de inéditas – “Nihilistic Glamour Shots“, produzido por James Skelly do grupo The Coral, para sua gravadora – Skeleton Key Records.

São liderados pelos intensos e carismáticos vocalistas, Lee Broadbent (teclados e guitarras) e Joe Martin (guitarras e teclados), que se revezam nos vocais e principais composições, completam o time os ótimos Eoghan Clifford (guitarras), Stephen Evans (baixo) e Asa Morley (bateria).

Apoteótico Cabbage em Londres

Com canções energéticas e anti-establishment, o Cabbage marcou presença na cena após diversas controvérsias, mas é com a própria musicalidade e ideologia que vem ganhando espaço entre as bandas novas da década.

Nihilistic Glamour Shots abre com “Preach To The Converted”, soando como uma avalanche juvenil roqueira, seguida pelo super single “Arms of Pleonexia”, onde o quinteto mostra as cartas e dá o tom urgente para o álbum.

Confiram o vídeo oficial de Arms of Pleonexia – Cabbage

Interessante colocar luz no significado de pleonexia, palavra de origem grega que resume o desejo insaciável de ter posse do que por direito pertence aos outros ou à comunidade, sintoma claro das distorções da sociedade global contemporânea.

O refrão é fueda !! Tem o melhor verso do rock de 2018 até o momento …
“How long till we take responsibility (Quanto tempo até assumirmos a responsabilidade)
Arms of Pleonexia (Braços de Pleonexia)
It sold the guns on the massacres” (Vende as armas dos massacres)

Vale destacar também – “Molotov Alcopop”, que parece um noise rock oitentista psicótico, “Exhibit A”, que para os padrões do Cabbage é quase uma balada rock niilista, e “Postmodernist Caligula”, que exibe a fórmula perfeita da banda, privilegiando a urgência, intensidade e a capacidade dos caras em criar um clima de celebração engajada.

Cabbage em Nihilistic Glamour Shots

Completam a estréia do Cabbage, outros sons que deixam claro a ética do grupo, que levanta bandeiras sociais importantes na Grã Bretanha, como o apoio ao sistema global de saúde, à luta contra a monarquia, e contra a hipocrisia e o estado de toda sociedade.

Basta acompanhar as letras das emblemáticas – “Celebration of a Disease”, “Gibraltar Ape” e “Subhuman 2.0”, está última que fecha gloriosamente o álbum, para mergulhar com tudo na estética e ideias políticas do Cabbage.

Começa bem a viagem do Cabbage !! Preferidos do Blog 🙂

 

 

 

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