Em 2017, a banda norte americana Greta Van Fleet, apareceu como um fenômeno de renovação do rock mundial, realizando uma inteligente releitura do hard rock setentista no seu duplo EP “From the Fires”.
Formada pelos irmãos, Josh Kiszka (voz), Jake Kiszka (guitarras) e Sam Kiszka (baixo), que com o baterista Danny Wagner, vem desde 2012, mostrando seu mix sonoro em palcos diversos nos Estados Unidos, encarando plateias em pubs e festivais ainda na adolescência.
Show após show, o boca à boca se tornou viral, e com a emergência dos singles “Highway Tune” e “Safari Song”, que atingiram o primeiro lugar das paradas de singles rock nos Estados Unidos, a banda se tornou um dos assuntos mais quentes da comunidade roqueira em todo planeta.
Consigo ouvir na sonoridade dos caras, ecos de artistas e bandas setentistas como Led Zeppelin, Free, Bad Company, Sweet, Uriah Heep, Blue Cheer e até mesmo do pré grunge, como o Mother Love Bone, do saudoso cantor Andrew Wood.
A comparação da banda com o Led Zeppelin não é descabida, afinal o vocal de Josh tem alcance incrível e timbre que imediatamente o conecta ao grande Robert Plant, sendo esse ao mesmo tempo um trunfo e calcanhar de aquiles para a banda, que também emula a sonoridade da dupla Page e Plant nas guitarras e arranjos de boa parte das canções.
No álbum, achei muitas outras referências legais, com ótimas versões de Sam Cooke (A Change Is Gonna Come) e do Fairport Convention (Meet on the Ledge).
Aproveitando o super hype, lançaram no Spotify em 2018, single duplo com versões acústicas de “Black Smoke Rising”, e da canção pop “Rolling in the Deep”, consagrada na voz da cantora Adele.
Torço para o grupo com grande expectativa, os caras tem um potencial incrível, mas acredito que devem encontrar os produtores adequados para o primeiro álbum de inéditas, levando-os a irem além das comparações óbvias com medalhões do classic rock, dando ao Greta Van Fleet uma sonoridade e identidade próprias.