GIRL POWER !! Uma playlist com Top 10 roqueiras do Brasil
Montamos essa playlist para celebrarmos a presença revolucionária e criativas das mulheres no desenvolvimento do Rock e do Pop Rock Brasil.
Como toda lista, ela representa um gosto pessoal, mas procuramos equilibrar artistas de todas as épocas e estilos, sempre levando em consideração o protagonismo e impacto de cada uma dessas criadoras em sua era, além do legado que trouxeram com suas canções para o mundo da música.
Lembrando, que existem grandes mulheres no Brasil em diversos gêneros musicais, mas como o Vi Shows é um BlogRock, ter alguma identidade com o gênero musical também foi item obrigatório para nossa seleção TOP 10.
Independente de qualquer tipo de ordem, segue nossa listagem Top 10 + Playlist com 3 canções de cada artista escolhida:
As Mercenárias – O grupo liderado por Sandra Coutinho desde os anos 80, sempre foi uma das bandas preferidas da minha adolescência, e ainda hoje mostram com muita intensidade sua estética pós punk, apurada pelos anos de underground, com influências fortes de bandas como Siouxsie and the Banshees, Joy Division, Gang of Four e The Slits.
Apesar da carreira toda fora do mainstream, sempre conseguiram marcar presença na cena, influenciando dezenas de bandas.
Canções : Santa Igreja, Inimigo e Amor Inimigo
Rita Lee – A paulistana virou nossa rainha do rock já com Os Mutantes, quando ajudou o Tropicalismo a chacoalhar as estruturas caretas nos anos 60.
Como solista foi sem igual, indo do Rock ao Pop, sempre fazendo a diferença na cena, atuando na luta pela igualdade de direitos e libertação sexual.
Rita lançou há poucos anos ótima biografia, assumindo histórias pesadas, de uma carreira marcada pelo sucesso e pelo pioneirismo de enfrentamento ao universo masculino do mundo do rock.
Canções : Mamãe Natureza, Vida de Cachorro e Mutante
Pitty – Nossa roqueira baiana preferida, trouxe sua ótima leitura do estilo com cara de novo milênio, já em seu álbum de estreia – “Admirável Chip Novo”, apresentando bem sacadas letras num rico universo de referências e influências.
Pitty virou uma artista obrigatória nos anos 00 pela postura, criatividade e liderança de sua banda, que foi uma das poucas a resistir com méritos próprios à decadência do estilo e retorno do rockbr ao underground. Pitty brilha e resiste !!
Canções : Admirável Chip Novo, Memórias e Deixa Ela Entrar
Cássia Eller – A cantora surgiu no cenário no finalzinho dos anos 80, quando com sua tremenda voz já marcou território.
Com a virada da década, Cássia Eller virou Top, conseguindo um raro sucesso de público e crítica.
Inspirada intérprete, se consagrou, ao reler com muita intimidade, as canções do mestre Cazuza, além de dar vida à diversas composições de Nando Reis.
Canções : Só às mães são felizes, Metro Linha 743 e Relicário
Celly Campelo – O Rock no Brasil se popularizou no fim dos anos 50, e nessa onda jovem de nossos “baby boomers”, a adolescente nascida em São Paulo mas radicada em Taubaté (SP), se transformou no maior fenômeno pop que o país já havia visto.
Com seu irmão Toni Campelo como fiel parceiro, Celly foi precursora, e se tornou nossa primeira Rainha do Rock and Roll 🎸, comandou programas diversos nas rádios e teve na TV o semanal “Crush & Hi-Fi”, onde apresentava artistas “jovens” da cena rocker.
Canções : Grande amor, Estúpido Cupido e Banho de Lua
Wanderléa – Nos anos 60, com o advento da beatlemania, tivemos no Brasil um movimento análogo que ficou conhecido como Jovem Guarda. Era capitaneado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e a “ternurinha” Wanderléa.
A cantora virou referência de moda e comportamento, influenciando gerações e gerações de adolescentes nos 60’s, ajudando a abrir caminhos para muitas novas cantoras.
Canções : Prova de Fogo, Toque pra frente e A terceira força
Fernanda Abreu – Quando o Rock Brasil virou mainstream nos anos 80, Fernanda Abreu dividia os vocais da Blitz com Márcia Bulcão e o mestre Evandro Mesquita.
Mas foi quando se lançou como solista, que Fernandinha teve a super ideia de se conectar com a cultura dos morros, trazendo pela primeira vez para a Zona Sul e para o Brasilsão o Funk Carioca, que já rolava forte nas festas da baixada, mas que com nossa musa virou pop !! Que sacada !!
Canções : Sla Radical Dance Disco Club, Egotrip e Garota Sangue-Bom
Céu – A paulistana Céu virou diva e musa por méritos 100% próprios, afinal tem a estética certa para modernos e alternativos, e como compositora tem o mérito de ser pop, sofisticada e ao mesmo tempo popular.
Consolidou sua carreira no Brasil e no exterior, com base na evolução constante de suas criações, se mostrando tão boa compositora quanto intérprete.
Canções : Espaçonave, Lenda e Chegar em Mim
Karina Buhr – Cantora, compositora, poeta e atriz, Karina Buhr se enveredou pelo rock, musica eletrônica, maracatu e regionalismos diversos na banda Eddie e com o grupo Comadre Fulozinha, antes de iniciar sua crescente carreira como solista.
Lançou 3 álbuns de inéditas de 2010 para cá, e agora radicada em São Paulo, após integrar o Teatro Oficina de José Celso Martinez Corrêa, vem conquistando novos públicos e encantando as mais diversas audiências.
Canções : Exu, Não me ame tanto e Eu menti pra você.
Baby do Brasil (Baby Consuelo, Novos Baianos) – A voz de Baby é gigante como sua personalidade expansiva e meio maluca, se envereda por qualquer ritmo e tom, e consegue ser uma super cantora, sempre.
Nos Novos Baianos, marcou época com a mistura de ritmos do grupo, se destacando também pela expressividade incrível, modulando a voz em scat singings jazzisticos impressionantes.
Nos anos 80, caiu com tudo no pop com Pepeu Gomes, e nos últimos anos após uma volta aos Novos Baianos, se reinventou como poucas cantoras de sua geração, se conectando com novos públicos.
Canções : A Menina Dança, Telúrica e Lá vem o Brasil descendo a ladeira.
Playlist – 10 mulheres essenciais do Rock Brasil
Marina lima?
Eu acrescentaria as gaúchas Luciana Pestano, Izmália Ibias, excelentes vozes, pouco lembradas no centro do país, e
Anne Duá. Anne Duá inclusive alterou com Dulce Quental os vocais do Sempre Livre, uma conhecida banda de Rock feminino da década de 80.
In memoriam, eu citaria ainda a Cherry Takitani da banda punk paulista Okotô !