Arcade Fire encanta Sambódromo com show perfeito em Sampa

Foi histórico… Melhor show de 2017 – Arcade Fire !!

Nos anos 00’s o planeta poprock se renovou com dezenas de novas bandas, e entre elas, provavelmente o Arcade Fire seja a mais consistente de todas. Brilhantes e relevantes tanto em estúdio quanto ao vivo.

Arcade Fire em São Paulo

Quando alguns torceram o nariz para a transição melódica pop de Everything Now, solenemente ignorando um álbum inovador que explicita as mazelas atuais da superficialidade digital contemporanea, ficou claro como a crítica atual é sempre raza e preguiçosa.

Everything Now é tão fundamental quanto qualquer álbum dos caras, quem não ouviu direito e se deixou levar pelo humor dos influenciadores digitais, literalmente perdeu um dos melhores sons de 2017.

[red_box]Essa má vontade da crítica se somou à ambição desenfreada dos promotores do show, que visando lucros astronômicos quase conseguiram deixar o espaço vazio, tanto pelos preços desconectados da realidade, quanto pelo próprio local escolhido, o horrível Sambódromo paulistano.[/red_box]

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Mas os deuses e semi-deuses do Rock não deixaram barato, garantindo aos 10.000 presentes uma noite sublime, sem o hype e sem os pseudo modernos que transformam shows legais em experiências do próprio ego.

No final, o espaço reduzido do Sambódromo somente com a área central da arquibancada, foi uma dádiva, deixando VIP$ e mortais da pista transmutada em arquibancada 100% satisfeitos, apesar da picaretagem dos ingressos.

Mas na real… ter sido tão legal, se deveu quase que exclusivamente ao espírito de coletivo que o Arcade Fire consegue criar em todo espetáculo, incluindo (sem grandes aparatos tecnológicos) o próprio publico no show.

Régine Chassagne esbanjou seu chame e talento em inúmeros instrumentos e comandou os vocais principais em sonzeiras como Electric Blue e The Reflektor.

Já seu parceiro de banda e vida, Win Butler, foi perfeito , dando as cartas, tanto no quesito carisma quanto na fluidez com que conduziu o show e suas inúmeras transições, aparecendo no meio do público, falando um razoável português e comandando a festa enaltecendo a relação da grupo com a cidade.

No início e no fim do show os músicos interagiram com a bateria da Acadêmicos do Tatuapé, dando mais balanço às percussões inspiradas no Haiti que marcam as ótimas Here Comes The Night Time e a própria Haiti.

Pelo visto, os fãs pra valer do Arcade Fire estavam todos presentes, e puderam curtir um dos mais inspirados e autênticos shows do planeta, celebrando a relação com uma das últimas bandas que ainda fazem diferença.

Eu veria sem cansar, e dançaria sem parar mesmo que assistisse 10 shows seguidos da banda, tamanha entrega e boa vibração que conseguem emanar.

O Arcade Fire sempre vale a pena, e sem buzz desenfreado ficou melhor ainda.

Confiram o Setlist da apresentação paulistana do Arcade Fire

  • Everything Now (Continued)
  • Everything Now
  • Rebellion (Lies)
  • Here Comes the Night Time
  • Haïti
  • Chemistry
  • Peter Pan
  • No Cars Go
  • Electric Blue
  • Put Your Money on Me
  • Neon Bible
  • Neighborhood #1 (Tunnels)
  • The Suburbs
  • The Suburbs (Continued)
  • Ready to Start
  • Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)
  • It’s Never Over (Oh Orpheus)
  • Reflektor
  • Afterlife
  • We Exist
  • Creature Comfort
  • Neighborhood #3 (Power Out)
    Bis
  • We Don’t Deserve Love
  • Everything Now (Continued)
  • Wake Up

Estamos aqui esperando vocês voltarem desde já 😉

 

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