As canções de Stranger Things 2 e a super trilha sonora + Playlist
A cultura dos anos 80 aparece com tudo em Stranger Things, série da Netflix que conquistou o planeta com seus 8 episódios originais em 2016, e que agora voltou ainda mais impactante em nova temporada, mais uma vez com a criação e direção dos brothers Matt e Ross Duffer.
[blue_box]Novamente um dos grandes trunfos da série é a parte musical, onde tanto a trilha sonora original da dupla S U R V I V E, quanto as canções dos artistas da época que ilustram os episódios, conseguem tocar fundo o público, ajudando na relação de adoração que marca a temporada de Stranger Things 2.
[/blue_box]Os responsáveis pela trilha, os texanos Kyle Dixon e Micheal Stein, pilotaram com perfeição as novas canções, abusando das sonoridades etéreas e de climas aterrorizantes, em cada uma das 34 composições que vocês podem ouvir abaixo:
Mas o mais legal vem agora, pois são os hinos do pós punk oitentista e mesmo os big hits da época e de outras décadas, que mexem mesmo com os adeptos em cada episódio.
[red_box]Alerta Spoiler – se não assistiu toda temporada sugiro ouvir a playlist e não ler os comentários[/red_box]Diretamente do Mundo Invertido, a dimensão paralela também chamada como Vale das Sombras na série e referência direta do popular RPG de mesa Dungeons & Dragons, a playlist e lista de canções de Stranger Things 2 na ordem por episódio.
No episódio 1 – Mad Max, temos a new wave do Devo com “Whip It”, quando os garotos chegam no fliperama de bike e quando confirmam a identidade de MadMax, já o pop de “Just Another Day” dos Oingo Boingo rola na cena da delegacia com a chegada do “chefe Jim”.
Já “Talking in Your Sleep, contagiante “one hit wonder” dos The Romantics rola quando Steve e Nancy estão no carro falando da peça do colégio.
Para o personagem valentão Billy o hard rock “Rock You Like a Hurricane” dos Scorpions ficou perfeito, assim como a sonzeira “Spooky Movies” de Gary Paxton que rola na cena na loja com a chegada de Bob.
A unica novata do episódio é a roqueira “Every Other Girl”, dos desconhecidos Prehistoric Wolves, que tem interessente álbum de estréia nos principais players de musica.
Trick or Treat, Freak – Episódio 2, é quase uma homenagem ao primeiro filme “Caça Fantasmas”, com uma versão instrumental de “Ghostbusters” de Ray Parker Jr. rolando quando os meninos se vestem para o Halloween, voltando depois com a canção original lá na frente no final do capítulo.
Ainda rolam “Wango Tango” do roqueiro redneck Ted Nugent, em cena de Billy revoltado dirigindo para a casa com Max, “Blackout” da banda alternativa Swing Set em cena com Jonathan levando Will para encontrar os amigos e o clássico do hair metal “Shout at the Devil” com o Mötley Crüe durante a festa de Halloween.
Mas a melhor cena do episódio foi com “Islands in the Stream”, sonzeira romantica com Dolly Parton e Kenny Rogers, onde Bob e Joyce dançam em casa e conversam sobre Will em ótima cena de Winona Ryder.
A surpresa musical ficou por “Monster Mash” com Bobby “Boris” Pickett & The Crypt-Kickers,som de 1962 que rola quando Mike diz para Will que a presença de Max está estragando a noite.
Temos ainda o hit “Girls On Film” do Duran Duran, que rola quando Jonathan encontra Samantha na festa, e em clima de videogame “Outside the Realm” com os atuais Big Giant Circles, quando Mike diz sentir a presença de Eleven.
O Capítulo Três: O Girino – é cheio de flashbacks e começa country com “Whistle On the River” e os The Mercy Brothers, quando Dustin vai à biblioteca na busca de livros sobre a “nova espécie” descoberta, e “You Don’t Mess Around With Jim” de Jim Croce nas lembranças de Hopper e Eleven na cabana.
A incrível “Go!” dos Tones On Tail, toca quando Eleven sai da cabana desobedecendo as “regras” de Hopper, e “The Ghost In You” dos The Psychedelic Furs na cena em que Jonathan e Nancy conversam sobre como as coisas mudaram entre eles. .
“Clean Cut American Kid” com o Ill Repute, rola no walkman de um aluno durante um conversa entre Nancy e Jonathan e “Cookin'” do Al Casey Combo, quando Joyce chama Bob em seu emprego na Radioshack pedindo ajuda para usar a filmadora.
O episódio ainda tem a climática “How I Feel About You” com o Jumpstreet, em cena com Nancy, Jonathan e Karen Wheeler.
As coisas parecem ser uma mas na realidade tudo é ilusão no Capítulo Quatro: Will, o Sábio, que começa com “This Is Radio Clash” sonzeira dos eternos The Clash que toca quando Nancy sai com Jonathan numa missão e diz para a mãe que vai passar a noite na casa de Stacey.
Completam o capítulo “Scarface (Push It To the Limit)” com Paul Engemann, na cena em que os galãs Billy e Steve se confrontam na quadra de basquete, e a experimental “The Growing” do The Haxan Cloak, em mais uma passagem com Billy, dessa vez falando para Max se afastar de Lucas.
Chega o Capítulo Cinco: Dig Dug e a coisa vai ficando mesmo soturna em Hawkins, e com muitas citações musicais.
Tem Try My Love com “Carroll Lloyd” na hora em que Nancy e Jonathan fazem check in num Motel, You Ought To Be With Me de “Carl Weathers” em ótima passagem quando Lucas pergunta a seu pai o que ele faz quando sua mãe está brava com ele, e Green Green Grass of Home por “Bobby Bare”, na sequencia em que Eleven pega carona na busca de sua mãe.
A química fica intensa ao som de Can I Do What I Want do “Shock Therapy”, quando Nancy e Jonathan começam a dar bandeira enquanto são ajudados por Murray.
Outra ótima passagem rola com Metal Sport dos “Hittman”, onde o bad boy Billy deixa Max no fliper, assim como a sequencia com Darling Don’t Leave Me de “Robert Görl” e When the Sun Goes Down dos “The Jetzons”, na hora que Lucas tenta convencer Max da veracidade de toda a história dos garotos.
Ainda na mesma parte temos Strength in Numbers com os “Channel 3”, bem na hora em que Billy volta para pegar Max e saca que a garota continua saindo com Lucas.
Fecham o episódio dois sons sensacionais, Open the Kingdom (Liquid Days, Part II) com “Philip Glass Ensemble com Douglas Perry, Michael Riesman e Michael Reisman” em interessante flashback de Terry Ives e No More com a diva “Billie Holiday”, em divertida cena onde Murray coloca esse disco para ajudar a absorver as revelações de Nancy e Jonathan.
Chegou a hora de revelar “O Espião – Capítulo Seis”, que começa com um dos melhores sons do “Queen” – Hammer to Fall, na hora em que Steve pergunta a Dustin sobre “Dart” e mostra seu bastão vitaminado de pregos.
Quando Jonathan, Nancy e Murray se juntam para criar diversas cópias de sua gravação e mandar para a imprensa, rola Where Django’s At com os “Cameron Brooks”, e quando comemoram a empreitada a canção There Is Frost On the Moon com “Artie Shaw and His Orchestra” é tocada.
A dama do blues “Billie Holiday” volta com You Better Go Now, cria o clima quando Nancy e Jonathan comentam sobre Murray e não se aguentam entre a cama e o sofá da sala. Fecha a sequencia a canção Blue Bayou do mestre “Roy Orbison”, com Murray fazendo o café da manhã e perguntando sobre “a noite bem dormida” do casal.
O metal 80’s de Round and Round do “Ratt” dá as caras para o personagem Billy mostrando sua disfuncional relação com Max.
No Capítulo Sete: A Irmã Perdida , nem tudo se passa em Hawkins, com Eleven no modo fugitiva em ônibus para Chicago e a canção Runaway, hit fundamental do “Bon Jovi”.
Na sequencia a “irmã” Kali mostra seus poderes ao som de Outside the Realm dos “Big Giant Circles”, e com a eletrônica Back To Nature som de “Fad Gadget”, apresenta Eleven aos amigos, fechando a sequencia na ótima The Bank Robbery, homenagem ao cineasta e compositor “John Carpenter”.
Na incursão de vingança de seu novo grupo, Eleven e a gang de Kali vão na busca de Ray ao som de Dead End Justice das “The Runaways”.
O intenso capítulo encerra com Whisper to a Scream (Birds Fly) ótima canção dos “The Icicle Works”, em cena de Eleven contando à sua companheira de viagem que iria ver seus amigos.
Ainda rolaram Old MacDonald Had A Farm do “CAST”, em cena com Kali colocando Eleven para dormir e novamente Outside the Realm com o “Big Giant Circles”, em cena que Eleven contempla uma borboleta.
Chega o Capítulo Oito: O Devorador de Mentes, com a sonzeira de soul de The Love You Save (May Be Your Own) com o cantor “Jack Cook”, que toca quando a mãe e o padastro de Max chegam em casa e notam a janela aberta e o sumiço da garota.
Mas o que valeu mesmo foi a sequencia com The Four Horsemen com o “Metallica”, que ficou perfeita para ilustrar a disfuncional relação Billy com a família surtada com o destino de Max.
Falando em destino, não tem como não curtir a cena em que Jonathan pergunta para Will se lembra de quando ouviram pela primeira vez Should I Stay or Should I Go, mais um som com os heróis punk do The Clash.
Até chegarmos ao nono e final episódio, O Portal.
As canções começam light com The Way We Were com “Barbra Streisand”, em cena em que a senhora Wheeler está relaxando no banho quando a campainha toca, a cena continua com Billy jogando seu charme e perguntando se ela sabe o paredeiro de Max, enquanto rola I Do Believe (I Fell In Love) da super “Donna Summer”.
Já I See Charcoal (You See Scarlet) com os “Cameron Brooks” ilustra a grande briga de Steve e Billy, já Rare Bird dos “Tangerine Dream”, entra num clima quase nostálgico quando Murray vê os militares deixando os laboratórios de Hawkins e quando a mídia começa a noticiar os acontecimentos na cidade.
A singela Jingle Bell Rock interpretada por “Bobby Helms”, ilustra a sequencia de preparação para a festa “1984 Snow Ball”, que termina com Dustin procurando o spray de cabelos inspirados na cabeleira de Farrah Fawcett.
O clima pré festa esquenta com Love Is a Battlefield da super “Pat Benatar”, em ótima sequencia de cenas com Dustin chegando na festa, quando Steve dá as últimas dicas para se dar bem na balada, que continua com Twist of Fate da musa oitentista “Olivia Newton-John”, mostrando o jovem dando uma geral no salão e ouvindo os comentários sobre seu novo penteado.
Como em todas festinhas dos 80’s chega sempre a hora da música lenta !! Aparecendo duas das maiores baladas da época, primeiro Time After Time da super “Cyndi Lauper” e depois a maior de todas – Every Breath You Take com o “The Police”, onde entre beijos juvenis na pista de dança, o hipotético final feliz dá lugar ao gancho para a próxima temporada, mostrando que o Mundo Invertido está lá presente ainda na cidade.
Fiquem com as canções do mundo invertido, nossa playlist de Stranger Things 2
Fontes do Post : TuneFind, WhatSong, Stranger Things Wiki e Revista Time.