O Lollapalooza 2017 escolheu ser uma mega balada quase shopping, apostando forte no Pop e Eletrônico, ficando o Indie Rock e todos roqueiros de plantão com poucos shows relevantes.
A organização pecou forte em não dar maior valor aos artistas locais, com o cúmulo de colocar Céu para se apresentar às 13:30, praticamente sabotando nossa artista mais inspirada na atualidade… mas era isso mesmo que eu esperava desse Lolla… uma baladinha onde arte mesmo acaba sendo supérfluo, a ponto de a tal pulseirinha ser um dos destaques (negativos) do evento.
Entre os novatos a maior exceção foi o Catfish and the Bottlemen que fez apresentação bem roqueira e energética para uma audiência entre o “teen” e o “pós teen” garantindo a simpatia generalizada dos presentes.
Já entre os veteranos a energia Punk 90´s do Rancid disse no sábado ao que veio, mas ficou bem deslocada ao lado do metal multimilionário do Metallica.
Domingo não ví todo Duran Duran, mas o pouco que escutei do show não me emocionou, e confesso que já ví Simon Le Bon bem mais inspirado… mas as grandes atrações foram o Metallica (que deu ótimo show, mas já veio tantas vezes ao Brasil que não causou grande comoção apesar do recorde de público) e os Strokes que já foram os maiores heróis do som “alternativo” e que encerraram nesse domingão o festival.
Minha missão foi mesmo falar do Strokes que mesmo após uma pausa criativa na carreira, mostrou nesse domingão toda força e rebeldia que o rock pode causar.
Afinal Julian Casablancas é um autêntico e decadente rocker, mas tem carisma e agitou modernos e saudosistas dos anos 00´s, ajudando a banda a mostrar toda sua força e excelência da maior dupla de guitarristas da atualidade – Nick Valensi e Albert Hammond Jr que se revezam entre solos e bases roqueiras, no melhor estilo do pré punk dos 70´s de bandas como o Television ou do Patti Smith Group.
Como destaque do show tivemos o super repertório baseado no primeiro mítico álbum (Is This It), a simpatia de Casablancas e do baterista “brasileiro” Fabrizio Moretti, além da devoção dos fãs que agitaram do início ao fim da apresentação.
Como o vídeo saiu do ar no Youtube … cliquem aqui para assistir
Para voltarem ao topo os Strokes só precisam de um novo álbum inspirado e que mostre a banda dedicada ao rock sem perder a aura novaiorquina e a inspiração nas grandes referências do rock alternativo local.
Setlist dos Strokes em São Paulo – Lollapalooza 2017
- The Modern Age
- Soma
- Drag Queen
- Someday
- 12:51
- Reptilia
- Is This It
- Threat of Joy
- Automatic Stop
- Trying Your Luck
- New York City Cops
- Electricityscape
- Alone, Together
- Last Nite
Bis - Heart in a Cage
- 80s Comedown Machine
- Hard to Explain