Som e Imagem – 40 anos representados em 20 sons impactantes

Desafio da Playlist e o tema escolhido foi Som e Imagem… claro que de cara pensamos em “N” artistas… mas a listinha no final ficou com 20 sons que compreendem 40 anos de música… com foco em criadores com identidade artística onde a imagem valia tanto quanto o som.

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Som e Imagem nos anos 70
  • Sound and Vision – David Bowie (Low – 1977) – sonzeira do mestre camaleão e que mostra claramente a força e perspicácia de Bowie, antecipando a New Wave e o PósPunk em pelo ´77, a letra diz literalmente         … Don’t you wonder sometimes, About sound and vision …  a canção é perfeita sequência da reinvenção constante do gênio, sendo o primeiro álbum da colaboração com Brian Eno na famosa Trilogia de Berlim.
  • Love is the Drug – Roxy Music (Siren – 1975) – O Roxy Music sempre foi diferente e apontou novos caminhos para toda uma nova geração de bandas, mas em “Love is the Drug” a alquimia foi mais que perfeita, e a canção abriu as portas do planeta para o grupo, que apostou num progressivo cheio de funk que virou marca registrada da banda.
  • I Know What I Like – Genesis (Selling England by the Pound – 1973) –  Nessa época o Genesis ainda era uma banda de artrock, imersa nos exageros dos anos 70 mas cheia de lirismo e boas apostas nas performances teatrais de Peter Gabriel, e na expansão do rock como forma de arte. O single foi um grande sucesso e trouxe maior atenção ao Genesis, que para muitos atingiu na época o auge criativo do combo inglês.
  • Echoes – Pink Floyd (Meddle – 1971) – a canção com letra de Roger Waters e vocais harmônicos de David Gilmour e Richard Wright foi eternizada no filme “Pink Floyd: Live at Pompeii (1972)” quando a banda inglesa tocou ao vivo nas ruínas da cidade romana, capturando os músicos se apresentando sem platéia, o que ajudou em muito na formação dos inúmeros mitos ao redor do Floyd.
  • I´m Eighteen – Alice Cooper (Love it to Death – 1971) – sim… Tia Alice tem espaço de sobra na lista, já que o rock teatral da banda foi fundamental na cena dos anos 70 e no surgimento de apresentações desenhadas para grandes arenas. A canção em questão foi o primeiro real hit do grupo e como vocês podem conferir na playlist abaixo resistiu muito bem ao teste do tempo.
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Som e Imagem anos 80 – Siouxsie Sioux
  • Road to Nowhere – Talking Heads (Little Creatures – 1985) – nessa época dos anos 80 nenhuma banda era em vídeo mais inteligente e inovadora que os Talking Heads, o que na era comandada pela MTV era o máximo. Em Road to Nowhere o grupo liderado por David Byrne estava super em forma, mostrando com ironia toda falta de sentido e de valores dos 80´s em versos cortantes como … We’re on a road to nowhere, Come on inside… Takin’ that ride to nowhere, We’ll take that ride…
  • This is the Day – The The (Soul Mining – 1983) – “a banda de um homem só” do super talentoso Matt Jonhson foi uma marca da new wave e do pós punk, construindo “um faça você mesmo” genialmente individualista. O som é sem dúvida seu “melhor hit”, presença garantida em qualquer coletânea de hits dos anos 80. “This is the Day” entra na lista pela temática e pelo apelo visual que sempre envolveu o The The.
  • Welcome to the Occupation – REM (Document – 1987) – essa era a banda alternativa americana que todos amavam já nos anos 80, e uma das grandes armas do quarteto sempre foram os bem produzidos e sacados vídeos que mostravam toda personalidade e necessidade do grupo em se expressar. Na canção se nota em cada verso de Michael Stipe o inconformismo político e a denúncia contra o Macartismo ainda latente na sociedade Yankee.
  • She´s a Carnival – Siouxsie and the Banshees (A Kiss in the Dreamhouse – 1982) – produzido magistralmente por Mike Hedges mostra a banda inspirada e em fase psicodélica com o finado guitarrista  John McGeoch tocando inúmeros instrumentos em todo álbum. Mas a canção entra na lista pois foi nessa época que a imagem icônica de Siouxsie Sioux se consolidou como a “Ice Queen” do Rock.
  • Waterfall – The Stone Roses (The Stone Roses – 1989) – a década de 80 já estava quase no fim mas ainda havia tempo para mais uma festa e os Roses deram as cartas dessa renovação, trazendo o rock de volta para as pistas de dança. Em Waterfall os rapazes de Manchester mostraram força, pois além de dançante era climática, solta e espacial para esquentar toda e qualquer festa Rave.
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Som e Imagem anos 90
  • The Universal – Blur (The Great Escape – 1995) – já consagrados na onda do BritPop, foi a banda da geração que encontrou a melhor combinação entre Som e Imagem, sempre com estética própria o grupo de Damon Albarn esteve à frente de seus pares, o que fica claro em “The Universal”, canção daquelas eternas e que parecem que foram feitas para arenas e estádios.
  • I Think I´m Paranoid – Garbage (Version 2.0 – 1998) – presença obrigatória na lista… até porque imagem sempre foi 50% da equação do Garbage, e a escocesa Shirley Manson foi durante toda década de 90, uma das principais referências do Rock, tanto pela personalidade quanto pela imagem e talento. O som é emblemático e mostra o quarteto super inspirado.
  • Roots Bloody Roots – Sepultura (Roots – 1996) – nessa época o Sepultura era uma das bandas mais relevantes de todo planeta e a mistura terceiro mundista tinha em sua equação a imagem dos “Jungle Boys”, que trouxeram ao Metal toda mistica do sincretismo cultural de nosso país. Na canção surgiram novos caminhos e afinações para todo rock, mas entra na playlist tanto pela sonoridade quanto pela imagem única que conseguiram transmitir.
  • Spoonman – Soundgarden (Superunknown – 1994) – sonzeira do melhor trabalho do Soundgarden nos 90´s e que apresentou incrível vídeo que ajudou a angariar novos fãs . As letras são um caso sério, confiram… Well, all my friends are Indians, (All my friends are brown and red) – spoonman – And all my friends are skeletons – (They beat the rhythm with their bones) spoonman – Oh, hmm – Histórico !!
  • Firestarter – The Prodigy (The Fat of the Land – 1996) – foi o primeiro single do emblemático álbum e um cartão de visitas perfeito para a banda britânica apresentar ao mundo sua sonoridade Breakbeat, que unia a presença roqueira com a imagem cyber que marcou toda década. O Prodigy mudou com esse hit toda equação do pop rock à partir de então.
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Som e Imagem Anos 00´s – Arcade Fire
  • Take me Out – Franz Ferdinand (Franz Ferdinand – 2004) – o combo esconcês conquistou a todos em seu álbum de estréia, onde tanto a canção “Take me Out” quanto seu vídeo bombaram e se tornaram o som do ano com prêmios e menções de toda ordem. No Brasil é banda foi amada desde o primeiro segundo, criando uma relação especial entre banda e audiência, em especial na famosa Lapa carioca.
  • Zero – Yeah Yeah Yeahs (Its a Blitz – 2009) – o indie rock da banda formada em Nova Iorque e liderada pela carismática e talentosa Karen O, fez do seu punk retro um verdadeiro hino global nas pistas de dança e elevou o grupo a um patamar muito maior, talvez já profetizado nas letras … Try and hit the spot, Get to know it in the dark…. Get to know it whether you’re, Crying, crying, crying, oh, oh… Can you climb, climb, climb higher?
  • Rebellion (Lies) – Arcade Fire (Funeral – 2004) – a formação roqueira com cara de coletivo teatral surgiu em Montreal no Canadá com a força do casal Win Butler e Régine Chassagne, que agregaram ao time ao longo da carreira conceitos sempre fortes usando todas as mídias na busca de maior interação com a audiência. Rebellion é seu primeiro grande ato e hino de rockers e modernos, criando um ponto comum entre diversas gerações.
  • Supermassive Black Hole – Muse (Black Holes and Reveletions – 2006) – os ingleses do Muse não deram um só tiro sem ser certeiros. Cresceram na década como poucas bandas e souberam criar uma imagem moderna e peculiar, evoluindo tanto musicalmente quanto no lado visual e performático de suas apresentações. Em Supermassive Black Hole se superaram e mostraram ser uma das principais formações roqueiras da década.
  • B.Y.O.B – System of a Down -(Mezmerize – 2005) – se existe uma banda que fez da década seu playground foi o SOAD, que conquistou roqueiros de diferentes tendências com seu mix de metal, rock, ritmos regionais e política, onde em plena era Bush conseguiam ser contra as guerras e intervenções militares, como explicitado na parceria com o cineasta Michael Moore e em versos como …Why do they always send the poor? … desse que foi um de seus maiores sucessos.
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