No último domingo conferí a apresentação do Soulfly na Audio SP na Barra Funda, que se não estava lotada garantiu um ótimo público para presenciar Max Cavaleira e seu combo em terras paulistanas.
A banda apesar do visual heterogêneo dos membros, realmente dá conta do recado em especial o guitarrista Marc Rizzo, que em quase 2 horas de apresentação mostrou muita técnica e familiaridade com os sons Sepultura, mandando bem mesmo em canções mais rítmicas do Roots ou nas viagens Afro de Jorge Benjor citado em Ponta de Lança Africano e Zumbi.
[red_box]Max estava visivelmente empolgado, querendo ver as rodas de pogo em cada canção, além de confraternizar e provocar a audiência durante todo show.[/red_box]Eu nunca tinha conferido o Soulfly ao vivo e a última vez que tinha visto Max Cavalera num palco ele ainda era o líder do Sepultura… até estava com algum receio do show não me agradar, talvez por não ter curtido os sons mais recentes de sua “nova” banda, mas foi uma ótima noite de metal !!
Logo de início me causou certo desconforto a forma de Max, ou melhor a falta de forma mesmo, boa parte como consequência dos problemas de saúde que minaram sua força nos últimos anos. Em algumas canções a voz pareceu fraca, sem o peso e urgência de antigamente, e bem perto do palco a falta de fôlego ficou latente nas canções mais intensas.
Mas ao mesmo tempo fiquei muito feliz de vê-lo por inteiro e posso garantir que todo talento e força de seu som pesado ainda está lá, o que foi fácil de perceber na sequência matadora de Chaos AD e Territory.
Na hora parecia que a Barra Funda viria abaixo, mostrando que apesar de algumas ótimas canções, é ainda no repertório do Sepultura que Max e banda se garantem ao vivo.
Max Cavalera é figura essencial e que merece muito mais público e fama do que está conseguindo nessa fase atual.
Vejo o Max 2016, meio como Ozzy estava nos 80´s, ainda é impactante mas precisa renascer, com a grandeza merecida de seu legado como maior figura do estilo nos anos 90, e um dos maiores inovadores que o som pesado já produziu.
Antes do Bis fez um super medley só com sua guitarra e voz, passando por Sepultura, Motorhead, Nação Zumbi e Sabbath, deixando os fãs em êxtase.
No final a esperada participação de Iggor Cavalera em Roots foi mesmo mágica, mostrando todo potencial da dupla no palco, mas ao mesmo tempo bateu um saudosismo de quando a banda parecia dominar o planeta.
Mas sai da apresentação do Soulfly aliviado, afinal o talento bruto de Max é eterno, bem como seu carisma gigante, mas torço para que volte a brilhar e conquistar o espaço que merece como artista seminal que é, tanto o Metal quanto para o Rock Brasil.
[red_box]Vida longa a Max Cavalera um dos gênios do #RockBr[/red_box]Vídeo do Soulfly com Iggor Cavalera nas baquetas em Roots Bloody Roots (Sepultura) ao vivo em Abr/16