Com grande expectativa o mundo roqueiro recebeu “Chasing Yesterday”, segundo álbum solo de Noel Gallagher, e que soa exatamente como deveria ser, dando aos fãs mais devotos toda força lírica e melódia dos tempos de Oasis, mas com potencial para formar novos adeptos, pois é um disco de rock daqueles inspirados, onde “o mais talentoso Gallagher” também se arrisca, buscando novas sonoridades com o uso de arranjos criativos e presença de inspirados backing vocais e solos de saxofone.
Uma coisa é certa, Chasing Yesterday mostra o músico em evolução, indo além do tradicional britpop, garantia de que Noel continua operando em alto nível e fazendo toda diferença!
Seguem as impressões do blog, faixa por faixa:
- Riverman – abre o disco de forma incrível, numa balada rock que se tangencia o estilo dos finados Oasis, se destaca tanto pela singela e direta letra e boas guitarras, quanto pelo surpreendente clima Pink Floyd do super Sax no final da canção;
- In the Heat of the Moment – já lançada como single no fim de 2014 com ótimo vídeo, é uma das minhas preferidas do álbum, daqueles sons que se valorizam a cada audição.
- The Girl with X-Ray Eyes – por um segundo achei que ia começar “The Masterplan“, mas apesar das qualidades líricas, não se destaca do resto numa primeira audição, crescendo aos poucos de forma despretensiosa.
- Lock all the doors – Noel nos brinda com um rock clássico, solos de guitarra dobrados, numa canção solar e que dá vontade de acompanhar cada variação de ritmo.
- The dying of the light – Também já adiantada ao disco como single, é a mais Oasis de todas, clima psicodélico e toda personalidade do arranjo quase mágico de um clássico instantâneo.
- The Right Stuff – Em meio a violões, gaitas, sopros e climas quase mágicos a canção evolui numa suite bem legal, com lindos backing vocais de Joy Rose e sax esperto de Jim Hunt. Minha preferida 😉
- While the song remais the same – a introdução não dá nenhuma pista que vem um som de Noel Gallagher, em mais uma canção que surpreende pelo bom gosto e levada climática.
- The Mexican – em interessantes vocalizes em parceria com a britânica Vula Malinga, a canção de nome estranho se garante pelas ótimas guitarras e clima de pré revolução, em outro inovador super arranjo.
- You Know We Can’t Go Back – em um rock bem inspirado e sessentista, Noel mostra que mesmo suas canções médias, são melhores que singles de dezenas de “Hypes” britânicos.
- Ballad of the might I – sonzeira mesmo, fecha o disco em alto astral, mostrando a importância de Noel Gallagher para manter o rock vivo e relevante em mais uma década do século XXI.
Produzido pelo próprio cantor, guitarrista e compositor, e cheio de boas canções – Chasing Yesterday, é a comprovação de que Noel Gallagher não precisa mesmo do Oasis na ativa, já que inspiração e integridade artística não se compra no Atacado, e que no fim às viúvas da finada banda inglesa, não precisam se preocupar, afinal o Gallagher que interessa … está por aí, mostrando as armas e se reinventando sem medos.
Concordo plenamente em tudo. Acrescento que Noel não precisa do Oasis, mas o Oasis precisa do Noel.