Nessa última Sexta Feira (08/Maio) as Vespas Mandarinas, tocaram comemorando o lançamento de seu DVD – ANIMAL NACIONAL ao VIVO, na Galeria Olido no centro de Sampa.
O show foi grátis, garantindo casa cheia, e mostrando a força da banda junto ao público jovem da capital.
A banda está na ativa desde 2009, com Chuck Hipolitho (guitarra e vocal), Thadeu Meneghini (voz e guitarra), André Dea (bateria) e Flávio Guarnieri (baixo), todos músicos já rodados no underground do RockBr, com passagens por bandas como os Forgotten Boys, Sugar Kane e Banzé.
A proposta das Vespas Mandarinas é bem clara, reconquistar para o Rock o posto de música jovem contestatória, abusando das referências oitentistas e sessentistas, mas sem esquecer das guitarras, combinando ativismo, diversão e atitude em doses exatas.
O show tinha tudo para começar bem com uma versão de “Prece Cósmica” dos Secos e Molhados, mas que foi prejudicada por problemas no som, pontos para o vocalista Thadeu Meneghini que não se perdeu, e com jogo de cintura, recomeçou a canção e o show para delírio da galera.
O público ainda estava sentado nas cadeiras do Teatro Olido, mas bastou a primeira virada de bateria aparecer para que todos se levantassem e fossem interagir com o grupo próximo ao palco.
Uma coisa é certa, os caras fazem um show super competente, mas sem nenhuma produção ou espaço para qualquer tipo de improviso, e assim de forma bem profissional, conquistaram facilmente o público, que cantou e agitou com os caras durante toda a apresentação.
Fiquei um pouco preocupado, quando já na primeira meia hora, mandaram todos os principais hits, mas foi então que percebi que o público era mesmo de adeptos dos caras, pois tanto a banda quanto os fãs mantiveram o pique durante quase 1,5 horas de show.
Destaque para a cozinha perfeita e discreta, para a simpatia e talento de Chuck, mas principalmente pela postura do vocalista e guitarrista Thadeu, que fez questão de levantar assuntos como a maioridade penal, e a greve dos professores, tentando alertar a moçada dos perigos e retrocessos que essas questões representam para a juventude. Pena que quando comentou que é contra a diminuição da maioridade penal, boa parte da audiência se mostrou fria e despreocupara com o tema.
Sons como “Não sei o que fazer comigo” (cover dos uruguaios El Cuarteto de Nos), “O Vício e o Verso“, “Santa Sampa“, e “Cobra de Vidro“, garantem a alta octanagem do espetáculo, colocando o quarteto como uma das maiores bandas de rock ao vivo do país.
[highlight color=”green”]Fiquem com o vídeo de O Vício e o Verso – lançada pelo projeto Around The World In 80 Music Videos[/highlight]