A banda Fumaça Preta é mesmo uma super revelação, e que apesar do português brasileiro perfeito e toda sonoridade pós tropicália, é um projeto multinacional, mas com clara inspiração no Brasil, Caribe, África e no Pop Rock Psicodélico.
Conhecí por acaso ao saber de uma banda que iria se apresentar ao vivo em Portugal com a ambição de soar como uma trilha sonora de um filme de Glauber Rocha, dirigido por Tarantino… claro que depois de uma definição dessa, era minha obrigação ouvir…
Os Fumaça Preta são uma reinvenção tropicalista onde o dub e a psicodelia se misturam com o funk setentista, com o lado noise do rock e com Os Mutantes fase Rita Lee… Bossa-Nova + Tropicalismo + Mangue Beat
Soam como verdadeiros tropicalistas internacionalistas do século XXI, já que o grupo é formado pelo luso-venezuelano Alex Figueira (percussão e voz), que ao se radicar em Amsterdam encontrou nos parceiros ingleses Stuart Carter (Guitarras, Moog e Orgão) e James Porch (Baixo) o núcleo musical que permitiu a adição dos brasileiros Kika Carvalho (Voz e percussão) e Joel Stones (Efeitos diversos), que gravou o disco homônimo mas não acompanha a banda ao vivo, formando essa estranha e bem vinda novidade musical.
[blue_box]Fiquem com playlist de vídeos do grupo para entrar no clima !![/blue_box]Para o líder do combo Alex Figueira, em entrevista na mídia portuguesa, toda inspiração musical do grupo vem de três momentos determinantes na música brasileira, a Bossa-Nova, “que não parece novidade até que nos apercebemos da sua dimensão revolucionária”, o Tropicalismo dos anos 1960 e 1970, e o Mangue-Beat dos anos 1990. “O que me desperta mais atenção são os dois últimos”, os mais obviamente fusionistas, diz em entrevista ao diário português Público – leia aqui matéria completa.