The Replacements se formou em 1979, quando Paul Westerberg (guitarra e voz) se uniu à banda punk de garagem dos irmãos Bob (guitarras) e Tommy Stinson (baixo), que com o batera Chris Mars, ainda se chamavam “The Impediments” até mudarem de nome para The Replacements, após serem banidos de clubes locais pela desordem e vícios habitais… sorte dos caras que soavam como um Husker Dü bêbado, banda que na época era a principal referência da cena local de Minneapolis…

Aos poucos conquistaram o público e foram à partir de 1981 gravando EPs, singles e discos num crescente criativo até virar sensação das “college radios” dos 80’s – espécie de oásis no mercado americano do pop.

Lançaram em 1984 “Let It Be“, disco que mudou o destino dos caras, abrindo espaços no público e critica, colocando Westerberg como um dos novos compositores em evidência, buzz gigante que os levou a gravadora major Sire Records, onde estrearam em 1985 com o poderoso e roqueiro “Tim“.

Começam os problemas… pois apesar da repercussão começam a se incomodar com as exigências do mundo mainstream, como se apresentar ao vivo no Saturday Night Live, quando chapados disseram Fuck no ar ao vivo costa a costa,

Pra fechar a auto sabotagem odiavam fazer vídeos em pleno auge do reinado MTV, como no single “Bastards of Young” que mostra somente um aparelho de som tocando a música de ponta a ponta.

O comportamento errático, fez os caras dispensarem Bob Stinson e como trio, gravaram Pleased to Meet Me, álbum que me apresentou ao grupo, e na época, me empolguei tanto que comprei sem nem ouvir o menos inspirado Don’t Tell a Soul, justamente quando estavam mais “saudáveis” e acessíveis como no relativo sucesso do single “I’ll Be You.

Ao não atingir o sucesso esperado, Paul Westerberg decidiu planejar um álbum solo, mas rejeitado pela gravadora, surgiu com o disco All Shook Down feito somente para cumprir o contrato da banda com o selo, e sob o nome The Replacements, mas com músicos de estúdio e canções de 100% de Paul, o disco selou oficialmente em 1990 o destino do grupo.

Nos 80’s a banda foi das poucas formações americanas que valiam a pena, foram essenciais para o mercado College da época e se tornaram referencia obrigatória do momento em que poucos anos depois o alternativo virou Mainstream com o “advento” do Grunge e holofotes no AltRock, com Westenberg se destacando na trilha do filme Singles poucos anos depois.

Em 2012 Paul Westerberg e Tommy Stinson voltaram a tocar juntos e com Josh Freese e Dave Minehan, decidiram reformar a banda sem grandes pretensões. Assim os The Replacements vem tocando em 2013 por várias casas, mostrando que essa história roqueira ainda pode render um pouco mais de riffs e levadas inspiradas dessa clássica lenda alternativa.

Fiquem com meu som preferido dos The Replacements “Alex Chilton”, homenagem ao mestre alternativo do Big Star, som que de quebra me apresentou a esse outro herói do altrock setentista…

Após os shows de retorno a banda novamente entrou em hibernação à partir de 2015

 

Tags:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.