Cobertura exclusiva Vi Shows do tour 2019 do Massive Attack, onde o grupo celebra os 20 anos do seu álbum Mezzanine, verdadeiro marco do final dos anos 90.
De todas as turnês internacionais anunciadas para 2019, uma das mais aguardadas é o tour do combo de trip-hop Massive Attack, que montou uma super produção com vocalistas convidados, recursos visuais e repertório que promete gratas surpresas.
Surgiram no fim dos anos 80 em Bristol na Inglaterra, originalmente com Robert “3D” Del Naja, Grant “Daddy G” Marshall e Andy “Mushroom” Vowles, e estrearam em 1991 com o álbum “Blue Lines”, se transformando ao longo dos anos numa referência obrigatória da cena musical, recebendo diversos prêmios e atingindo reconhecimento comercial da Europa para o mundo.
Garanto que até quem não conhece, já ouviu o grupo por aí… não acredita… então ouça nossa playlist no fim do post.
Um dos maiores destaques do Tour Mezzanine, é a presença da ex-vocalista do Cocteau Twins, Liz Fraser, que participa ao vivo das faixas “Black Milk”, “Teardrop” e “Group Four”, na primeira apresentação da brilhante cantora inglesa ao vivo com a banda desde 2006.
Outro ícone, o reggaeman Horace Andy, também abrilhanta a turnê, se juntando ao grupo em sonzeiras como “Man Next Door” e “Angel”.
Os shows, segundo declarações da própria banda, procuram recriar o clima da época, buscando reconstruir as canções à partir dos samplers e influências originais, para dar ao público uma experiência visual envolvente em todos sentidos.
A abertura do tour em Glasgow na Escócia foi épica e segundo matéria do Consequence of Sounds, surpreendeu os fãs por todo aparato audiovisual, e pela inclusão de covers inéditos de The Cure e Velvet Underground.
Vídeos de “Teardrop” ao vivo em Glasgow e “10:15 Saturday Night” em Manchester – no início do tour 2019 do Massive Attack
Relançamento do álbum Mezzanine em DNA – O Cyber Futuro Chegou !!
Em 1998 com Mezzanine, os caras inovaram com o primeiro disco disponível gratuitamente em streaming da história, mas agora foram além, relançando o clássico num formato codificado em DNA, convertendo o código digital (binário) para código biológico, tornando viável a conversão entre os formatos em ambos os sentidos.
Na prática, o álbum está sendo sintetizado e comprimido em latas de spray, que vão conter partículas de uma espécie de tinta em vidro, que abrigará o código de todas as canções convertido em DNA.
O trabalho foi fruto de uma parceria com a empresa suíça TurboBeads, que verteu as canções biologicamente num investimento de cerca de US$ 650.000,00.
PARA OUVIR SERÁ NECESSÁRIO UM LEITOR DE DNA E UM COMPUTADOR, mas não um PC qualquer, já que somente o MinION da Nanoportech, é capaz atualmente de processar toda a informação do disco.
Para tangibilizar o que isso representa, podemos dizer que somente 0,001 gramas de DNA, são capazes de armazenar todos os livros da biblioteca do congresso norte-americano, uma das maiores do mundo.
Ainda não sabemos como será a comercialização dessas latas de spray, mas certamente será um artigo para abrilhantar qualquer coleção.
Setlist da estréia do Massive Attack em Glasgow no tour Mezzanine 20 anos
- I Found a Reason (The Velvet Underground)
- Risingson
- 10:15 Saturday Night (The Cure)
- Man Next Door (com Horace Andy)
- Black Milk (com Elizabeth Fraser)
- Mezzanine
- Exchange
- See a Man’s Face (Horace Andy) (with Horace Andy)
- Dissolved Girl
- Where Have All The Flowers Gone (Pete Seeger) (com Elizabeth Fraser)
- Inertia Creeps
- Rockwrok (Ultravox)
- Angel (com Horace Andy)
- Teardrop (com Elizabeth Fraser)
- Group Four (com Elizabeth Fraser)
E nossa playlist tradicional com o repertório do show do Massive Attack nesse tour 2019
Não entendi… Como que o álbum foi convertido em spray? Qual o nome dessa tecnologia?
Oi Davidson – é muito louco mesmo.
Resumindo é assim que funciona, eles pegaram o arquivo digital, byte por byte,
que já é pequeno (composto pela combinação de 0 e 1 dos bits que compõe cada pedacinho de uma música).
Assim eles usaram o arquivo digital da canção, para recodificar cada pedacinho da canção com base no
mesmo código do DNA – CTGA… aquelas letrinhas todas… é a forma mais compactada possível para se codificar
uma informação, imagine que somente 0,001 gramas de DNA, são capazes de armazenar todos os livros da biblioteca
do congresso norte-americano, uma das maiores do mundo.
Dessa forma, a banda como performance artística, teve a ideia do álbum em lata de spray, que vão conter partículas
de uma espécie de tinta em vidro, que abrigará o código de todas as canções convertido no formato de DNA.
Com os computadores certos, é possível ler e reproduzir como música, todas músicas do grupo convertidas nesse formato.
Essa é a ideia. Grato pelo comentário !!