Mais uma primavera para Siouxsie Sioux – lembrando de sua estréia no Brasil em 1986
Viva Siouxsie Sioux !! Rainha eterna do Pós Punk Britânico + Resenha inédita do show de 1986 em Sampa
Nessa data especial (27-maio), Susan Janet Ballion, nossa Siouxsie Sioux, cantora e compositora, líder da seminal banda pós-punk britânica Siouxsie and the Banshees (1976-1996), e do projeto The Creatures (1981 – 2005), chega aos 61 anos.
Lembro bem quando Siouxsie and the Banshees veio ao Brasil pela primeira vez em 1986, época em que promoviam o álbum Thinderbox, aquele do hit “Cities in Dust”.
Tocaram em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro, antes de partirem para apresentações em Buenos Aires.
A vinda da banda foi um frisson, afinal na época era improvável assistir um grupo de destaque no Brasil, tanto que as duas datas originais em São Paulo ficaram rapidamente esgotadas, levando a 2 shows extras, todos no Palácio das Convenções do Anhembi.
Foi o prenúncio de uma era dominada pelo rock inglês, e que abriu o mercado de shows para artistas como PIL, Echo and the Bunnymen, New Order, The Cure, B.A.D., The Mission e diversos outros que começaram a dar as caras por aqui.
Siouxsie Sioux, foi musa do punk inglês como parte do Bromley Contingent, combo de jovens niilistas seguidores dos Sex Pistols, e artífice do pós punk com os Banshees, banda que deixou uma marca indelével na história da música alternativa. Foi referência para diversos artistas como Joy Division, The Cure, U2, Bauhaus, The Smiths, Nick Cave, Bjork, Radiohead, Garbage, PJ Harvey, Sonic Youth, Janes Addiction e muitos outros.
Resenha inédita da apresentação de Siouxsie and the Banshees em 02 de dezembro de 1986 – Anhembi – São Paulo – Brasil
Nunca vi nada assim, tão forte, mágico e contagiante. Os Banshees são uma banda única, concentrados e mergulhados em seu som, pungentes em cada nota, riff ou nuance.
Siouxsie por si só vale o show, sua voz é diabolicamente angelical, se movimentando por todo palco, marcada pelo ritmo e agressividade das baquetas de Budgie, dos riffs e intervenções inventivas da guitarra de Carruthers, e dos graves de Steve Severin.
O som estava perfeito, mas alto o suficiente para deixar aquele zumbido na cabeça após o show, o palco tinha nas extremidades painéis ilustrados com o logo da banda e do selo Wonderland, e que foram usados em “Happy House” como cenário para bem sacada cena de brigas de marionetes.
Foi uma noite marcada pelos maiores deuses para uma grande e mágica festa !
[blue_box]Texto original meu de 1986 que estava até outro dia perdido num caderno :-)[/blue_box]Confiram o setlist da derradeira apresentação paulistana:
Cities in Dust
Green Fingers
The Sweetest Chill
Dear Prudence
Cannons
Candyman
The Staircase (Mystery)
92º
Night Shift
Painted Bird
Land’s End
Arabian Knights
Happy House
bis
Israel
Spellbound
Não achei o show do Brasil, mas um áudio legal do show de Buenos Aires, está no You Tube e deixo de presente aqui para todos os fãs !!