O documentário sobre o guitarrista, cantor e compositor inglês: “Eric Clapton : A Life in 12 Bars” (2017), dirigido por Lili Fini Zanuck, foi ao ar pelo Showtime na TV americana, e obviamente está por aí para quem procurar direitinho… e em ótima qualidade nas nuvens digitais da ionosfera.
A trama gerou muito sofrimento para o trio, transmutado pelo guitarrista no álbum e canção Layla de 1970, um de seus mais inspirados hits.
Pattie ficou ainda casada com George até 1977, e acabou se casando com Clapton, compartilhando parte do inferno e decadência do músico nos anos 70, que mergulhado em álcool, drogas pesadas e depressão, era sério candidato a se tornar mais um rock star morto pelos excessos da época.
O filme atende tanto aos super fãs, como também os novatos, já que a história dos dramas e redenções de sua vida, são mostradas em depoimentos do próprio artista, além de familiares, amigos, comparsas musicais e admiradores, muitos em gravações inéditas, incluindo personagens do rock como Chris Dreja e Jim McCarty (Yardbirds), B.B. King, Jimi Hendrix, George Harrison, Bob Dylan, Duane Allman (genial em Layla), John Mayall, Roger Waters, Steve Winwood e muitos outros.
A produção é muito caprichada, dando destaque para aquivos pessoais de fotos e filmagens de bastidores, além de posters e artigos de memorabília, mostrando que o projeto teve amplo acesso às informações que buscavam para o filme.
Apesar de todos elogios, com tanto material inédito, não acredito que não usaram mais de sessões históricas de Clapton com outros músicos, como o encontro em estúdio nos anos 60, ainda no The Cream, com a diva Aretha Franklin.
Eu queria ver e ouvir muito mais do que o projeto acabou mostrando nas suas mais de 2h15min de duração, mas não como extras de DVDs ou afins, mas como uma forma de enxergar melhor as experiências do homem por trás do genial e sofredor artista, que ajudou a renovar o blues e trouxe para o rock até mesmo o reggae de Bob Marley nos 70’s.
Mas mesmo com esse gostinho de quero mais, Eric Clapton: A Life in 12 Bars, é um ótimo retrato do artista e todas suas imperfeições, humaniza o Deus da Guitarra até mais do que a comoção causada pela morte trágica de seu filho de 04 anos de idade, contada no filme e eternizada na redentora “Tears in Heaven“.
Em breve, deve estar nos serviços de streaming, até porque os fãs de rock e blues tem a obrigação de cair com tudo no longa metragem, que de forma minuciosa expõe a descoberta e explosão do gênio musical ainda muito jovem, desnudando a maioria dos fantasmas de seu passado, incluindo os relacionamentos abusivos com drogas, bebidas, carros e mulheres.Clapton, descobriu na adolescência que sua mãe era na realidade sua avó, e sua relação com a mãe biológica foi devastadora, reforçando o sentimento de rejeição que atormentou sua vida, mas ao mesmo tempo toda essa dor, acabou se transformando em grandes álbuns e canções. Seu brilho como bluesman fez dele uma lenda, mas Eric Clapton mesmo já sendo um deus da guitarra, quebrou um código da amizade e da irmandade dos guitarristas, ao se apaixonar pela mulher do amigo e eterno “beatle” George Harrison – a linda Pattie Boyd.
Nesse ano de 2018, Eric Clapton tem somente 3 shows agendados: toca dia 02 de julho em Colonia na Alemanha (Lanxess Arena), 03 de julho em Hamburgo na Alemanha (Barclaycard Arena) e dia 08 de Julho no Hyde Parque em Londres com cobertura especial e exclusiva Vi Shows.Fiquem com nossa playlist – Eric Clapton é Deus