Route 66 é uma daquelas canções impossíveis de não gostar, acho que primeiro ouvi com os Stones e só depois com Chuck Berry, quando ainda pensava que o hit era mais uma das super composições do mestre do rock.
Foi então que o Depeche Mode no fim dos 80’s lançou a canção em super single dançante e minha curiosidade me levou a achar a canção em gravações ainda mais antigas. Assim, “descobri” que Route 66 havia sido criada em 1946 pelo compositor Bobby Troup.
Bobby queria se arriscar em Hollywood e decidiu ir de carro até Los Angeles com sua mulher, e como morava na Pennsylvania teria que cruzar os States quase de ponta a ponta.
Durante a viagem pensou em fazer uma canção sobre a estrada 40, que foi a rota de saída de sua cidade, mas no caminho pegaram a Rota 66 com um Buick 41 e se mantiveram nela quase todo tempo até a Califórnia.
Foi a esposa de Bobby Troup, Cynthia que deu a dica matadora, sugerindo trocar a Rota 40 pela 66… e pronto nascia um clássico. A letra então foi adaptada para a estrada e a Rota 66 se tornou uma lenda do rock e da cultura pop.
Na canção são citadas as principais paradas da famosa estrada e seguem St Louis, Joplin, Oklahoma City, Amarillo, Gallup, Flagstaff, Winona; Kingman, Barstow e San Bernardino. Uma curiosidade… dessas todas somente a pequena Winona está fora da ordem.
O versátil Troup também foi pianista de jazz, cantor e ator de cinema e TV, compôs além de Route 66, dezenas de canções, mas nenhuma com o impacto de décadas da nossa canção homenageada.
A tal Rota 66 realmente existiu, mas atualmente está desfigurada, e não se consegue andar em toda estrada original, mas milhares de pessoas cruzam os trechos que restam mantendo viva a historia e o mito.
No site “Driving Route 66” existem dezenas de dicas para quem quer planejar uma viajem seguindo os passos da trilha original.