Mas quem queria somente hits e saudosismo saiu reclamando e perdeu a chance de se divertir e entender o que faz de “Mozz” um dos maiores cantores e compositores da atualidade.
Antes do show começar fomos brindados com espetacular vídeo com as principais referências de nosso “amigo Esteban”, que começando pelos Ramones e terminando com os New York Dolls, juntou o Punk com o cinema de Pasoline, com a canção francesa de Charles Aznavour, com a soul music de Ike and Tina Turner e o pop jamaicano da eterna Marcia Griffiths (com Bob and Marcia), num caldeirão único de signos pop.
[blue_box]A carga artística e intelectual num artista dessa magnitude é outra, não é um show do Kiss, do Coldplay ou mesmo do U2, com tudo sob controle. Afinal ele vai tocar o que quiser, por quanto tempo for e será sempre de verdade… com os erros e acertos que só a espontaneidade permite.[/blue_box]Então para curtir um show do Morrissey de verdade, algumas condições tem que ser seguidas, e a principal delas é aceitar tudo que rolar, ver os prós e contras do repertório de forma sempre positiva, afinal o papo sempre será… não tocou isso mas tocou aquilo… e na real… como sempre … esse é o planeta Morrissey.
Logo percebí que o atual tour de Morrissey – World Peace Is None of Your Business é garantia de emoção sem limites e liberdade artística que qualquer um dos Indie Rockers da atualidade sonha conquistar. Bastava não ficar no clima saudosista para sacar como a noite de sábado foi inesquecível.
Como no show da terça anterior (no Teatro Renault), tudo começou em alta com as emblemáticas Suedehead e Alma Matters, mas a partir daí ficaram de lado sons da antiga banda como How Soon is Now e This Charming Man, e alguns solo como First of the Gang to Die e Reader Meet Author.
Logo saquei… na certa o maior inglês vivo, resolveu se mostrar sem esses trunfos… dando ao show um ar muito mais político e questionador nesse sábado.
Em compensação compareceram os clássicos smithnianos Meat is Murder, What She Said e The Queen is Dead, todas já na parte final da apresentação, que se garantiu com uma sequencia de 9 sons do álbum World Peace Is None of Your Business e hits solo como Everyday Is Like Sunday, Jack The Ripper e I’m Throwing My Arms Around Paris.
A banda foi perfeita, destacando as guitarras afiadas de Boz Boorer e Jesse Tobias (guitarras), que junto a Matthew Ira Walker (bateria), Mando Lopez (baixo) e Gustavo Manzur (teclados, violões, voz e efeitos), brilharam em diversos momentos na noite.
!! Longa vida para Esteban, o eterno Morrissey !!
Fiquem com os vídeos de Alma Matters, Kiss me a lot e The Queen is Dead ao vivo em SP (devidamente garimpados no YouTube), além do setlist da última apresentação paulistana!!
- Suedehead
- Alma Matters
- You Have Killed Me
- Speedway
- Ganglord
- Staircase at the University
- Istanbul
- World Peace Is None of Your Business
- One of Our Own
- The Bullfighter Dies
- You’ll Be Gone (Elvis Presley cover)
- I’m Not a Man
- Yes, I Am Blind
- Meat Is Murder (The Smiths)
- Everyday Is Like Sunday
- Smiler with Knife
- Kick the Bride Down the Aisle
- Kiss Me a Lot
- Jack The Ripper
- What She Said (The Smiths)
- I’m Throwing My Arms Around Paris
- The Queen Is Dead (The Smiths)
Alma Matters
Kiss me a lot
The Queen is Dead