Morrissey inspirado em SP
Morrissey inspirado em SP
O eterno Morrissey fez apresentação brilhante em São Paulo para um lotado Citibank Hall, mostrando aos paulistanos a clara diferença entre arte e entretenimento, dando a todos que queriam ver “o artista” na sua versão 2015 o privilégio de compartilhar  a experiência de cada canção e emoção relacionada ao novo trabalho.

Mas quem queria somente hits e saudosismo saiu reclamando e perdeu a chance de se divertir e entender o que faz de “Mozz” um dos maiores cantores e compositores da atualidade.

Antes do show começar fomos brindados com espetacular vídeo com as principais referências de nosso “amigo Esteban”, que começando pelos Ramones e terminando com os New York Dolls, juntou o Punk com o cinema de Pasoline, com a canção francesa de Charles Aznavour, com a soul music de Ike and Tina Turner e o pop jamaicano da eterna Marcia Griffiths (com Bob and Marcia), num caldeirão único de signos pop.

[blue_box]A carga artística e intelectual num artista dessa magnitude é outra, não é um show do Kiss, do Coldplay ou mesmo do U2, com tudo sob controle. Afinal ele vai tocar o que quiser, por quanto tempo for e será sempre de verdade… com os erros e acertos que só a espontaneidade permite.[/blue_box]

Então para curtir um show do Morrissey de verdade, algumas condições tem que ser seguidas, e a principal delas é aceitar tudo que rolar, ver os prós e contras do repertório de forma sempre positiva, afinal o papo sempre será… não tocou isso mas tocou aquilo… e na real… como sempre … esse é o planeta Morrissey.

Logo percebí que o atual tour de Morrissey – World Peace Is None of Your Business é garantia de emoção sem limites e liberdade artística que qualquer um dos Indie Rockers da atualidade sonha conquistar. Bastava não ficar no clima saudosista para sacar como a noite de sábado foi inesquecível.

Como no show da terça anterior (no Teatro Renault), tudo começou em alta com as emblemáticas Suedehead e Alma Matters, mas a partir daí ficaram de lado sons da antiga banda como How Soon is Now e This Charming Man, e alguns solo como First of the Gang to Die e Reader Meet Author.

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Sempre antifascista

Logo saquei… na certa o maior inglês vivo, resolveu se mostrar sem esses trunfos… dando ao show um ar muito mais político e questionador nesse sábado.

Em compensação compareceram os clássicos smithnianos Meat is Murder, What She Said e The Queen is Dead, todas já na parte final da apresentação, que se garantiu com uma sequencia de 9 sons do álbum World Peace Is None of Your Business e hits solo como Everyday Is Like Sunday, Jack The Ripper e I’m Throwing My Arms Around Paris.

A banda foi perfeita, destacando as guitarras afiadas de Boz Boorer Jesse Tobias (guitarras), que junto a Matthew Ira Walker (bateria), Mando Lopez (baixo) e Gustavo Manzur (teclados, violões, voz e efeitos), brilharam em diversos momentos na noite.

!! Longa vida para Esteban, o eterno Morrissey !!

Fiquem com os vídeos de Alma Matters, Kiss me a lot e The Queen is Dead ao vivo em SP (devidamente garimpados no YouTube), além do setlist da última apresentação paulistana!!

  1. Suedehead
  2. Alma Matters
  3. You Have Killed Me
  4. Speedway
  5. Ganglord
  6. Staircase at the University
  7. Istanbul
  8. World Peace Is None of Your Business
  9. One of Our Own
  10. The Bullfighter Dies
  11. You’ll Be Gone (Elvis Presley cover)
  12. I’m Not a Man
  13. Yes, I Am Blind
  14. Meat Is Murder (The Smiths)
  15. Everyday Is Like Sunday
  16. Smiler with Knife
  17. Kick the Bride Down the Aisle
  18. Kiss Me a Lot
  19. Jack The Ripper
  20. What She Said (The Smiths)
  21. I’m Throwing My Arms Around Paris
  22. The Queen Is Dead (The Smiths)

Alma Matters

Kiss me a lot

The Queen is Dead

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1 Comment

  1. Definiu o show com maestria isto é Mozz ame o incondicionalmente ou deixe ele para quem sabe e quer viver o único e especial.

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