O Iron Maiden sai humanizado e bem na foto em sua biografia autorizada, muito bem escrita por Mick Wall em caprichada edição brasileira da Editora Generale, tanto que lí com gosto e bem rapidinho, em especial pelos detalhes da formação da banda e dos bastidores do rock pesado.
Eu na real nunca fui muito fã do grupo, mas sempre curti singles específicos como Running Free, 2 Minutes to Midnight, Be Quick or Be Dead, Wasted Years e alguns outros, mas admiro mesmo os caras pela postura roqueira, qualidade técnica e principalmente pela força que imprimem nas apresentações.
Claro que o Brasil aparece bastante na Biografia, em especial no primeiro Rock In Rio, mas também em tours próprios e outros festivais, comprovando a força e respeito que o Iron Maiden conquistou por aqui, onde já tocaram diversas vezes e foram apoiados em todas fases e formações.
Os capítulos são temáticos, muitas vezes dedicados a cada integrante ou ex-membro da banda, destacando os capítulos do chefão Steve Harris, e do guitarrista fundador Dave Murray, contando muito do cenário roqueiro dos anos 70/80 e a explosão das bandas rotuladas como NWOBHM – New Wave of British Heavy Metal.
Apesar do caráter oficial, o livro acerta em cheio, com depoimentos do adorado ex vocalista Paul Di’Anno, do contestado Blaze Bayley, e mesmo com poucas palavras e até recusas de alguns ex integrantes, vale o investimento para uma boa biblioteca roqueira. Veja aqui onde comprar online.
Vale também pelas histórias do mito e líder implacável Steve Harris que ganha luz e aceitação ao longo do livro, mas também torna Harris e o vocal da “fase clássica” Bruce Dickinson figuras mais reais, que além de grandes artistas, se diferenciaram como pessoas de talento mas ao mesmo tempo erráticos como qualquer ser humano.