O rock no seu nascedouro teve muitos mestres, e no mix de blues, country, gospel, jazz e sulismos diversos, o texano Roy Orbison foi uma das pedras fundamentais do gênero, com sucesso imediato já nos anos 50, chegando aos 60’s como um dos principais e mais bem sucedido artistas, trocando figurinhas com os Everly Brothers e com os Beatles, até atingir o auge comercial com a eterna Pretty Woman !
Seu estilo e voz única ganharam o topo com baladas românticas como “Blue Angel”, “Crying”, “Dream Baby”, “Blue Bayou” e “In Dreams”, vendendo 7 milhões de discos em 1964 nos USA e na Inglaterra.
Após tragédias familiares na segunda metade dos anos 60, onde perdeu esposa e filhos em poucos anos, se viu isolado e ficou longe das paradas de sucesso, mas se dedicou aos shows e mergulhou na música country que sempre amou.
Mas o rock não esqueceu de Orbison, foi regravado nos anos 70 por diversas bandas, com destaque para a incrível versão do Van Halen no mítico Diver Down, e voltou inspirado às paradas nos anos 80, conquistando um Grammy no dueto com Emmylou Harris em “That Lovin’ You Fellin’ Again”, trilha do filme Roadie, até que “In Dreams”, entrou na trilha sonora de Blue Velvet do cultuado diretor David Lynch, e Orbison voltou definitivamente à ativa.
Descoberto por novas gerações teve em 1988 grande radiodifusão com “Crying” em dueto com K. D. Lang, emendando projetos seguidos, como o Álbum e Vídeo “A Black And White Night (Roy Orbison and Friends)” onde astros do quilate de Bruce Springsteen, Tom Waits e Elvis Costello formaram grande banda de apoio, e finalmente com a Superbanda Traveling Wilburys junto a George Harrison, Bob Dylan, Tom Petty e Jeff Lynne, sensacional !
Quando tudo parecia novamente nos trilhos e o sucesso era certo, Roy Orbison faleceu (há 25 anos) em ataque cardíaco fatal, em Nashville, mas tinha tanto material que lançou o póstumo Mystery Girl, com êxito sem igual em toda carreira, e das sobras ainda trouxe o inspirado King of Hearts, de onde destacamos “I Drove All Night”.