Se não foi o melhor show da Virada Cultural 2013, garanto que a apresentação de Billy Cox foi o momento mais roqueiro do evento. O baixista hoje aos 75 anos, chegou com banda poderosa, com um guitarrista de visual discreto que fez os melhores solos da noite, e outro com visual 100% Hendrix, e que tocou e solou até com os dentes, muitas vezes fecharam um trio de guitarras, com o convidado brasileiro Edgard Scandurra (Ex Ira!), que mostrou toda sua pegada e garantiu aos presentes uma sincera e contagiante homenagem ao maior mestre do instrumento em todos os tempos, Jimi Marshall Hendrix.
O cara fez o segundo show do Palco São João, e tocou clássicos como “Freedom”, “Spanish Castle Magic”, “Dolly Dagger”, “Stone Free”, “Red House”, “Manic Depression”, “Message to Love”, “Johnny B. Goode” (Chuck Berry) e antes de encerrar, “Voodoo Chile”, constatando que Hendrix e seu legado estão mais vivos do que nunca.
O público não deixou por menos, cantou e agitou ao máximo, viajando nos solos que eram acompanhados pelos mestres de Air Guitar presentes na Avenida São João, e garanto que não eram poucos…
A anunciada participação de Edgard Scandurra, foi reforçada pela boa performance e presença da cantora Taciana Barros (Ex Gang 90), e nas seis cordas o paulistano mostrou garra e técnica, deixando ótima impressão na banda que foi só sorrisos para sua performance.
Billy Cox e sua incrível banda foram mesmo um dos grandes destaques da noite, sempre com a pegada e reverencia necessária para dar vida ao Experience Hendrix Tour, projeto que relembra o legado do guitarrista, por essa ótima Band of Gypsys do século XXI.
Voodoo Chile com Billy Cox
Red House com Edgard Scandurra e Billy Cox
Se ganhou mesmo o maior cache da Virada, o sorriso na cara do público após quase 1,5 horas de show, mostrava que valeu cada centavo.
Além de grande baixista, Billy conquistou mesmo a todos com sua presença e surpreendente voz, que somados ao repertório único de blues, jazz, rock e psicodelia que Hendrix eternizou, fez do Centrão de Sampa um verdadeiro clube de blues, onde a banda mostrou todas possíveis artimanhas do estilo, entre a modernidade do som de Chicago e a tradição de New Orleans.